Entre os dias 25 e 27 de setembro, mais de 150 líderes mundiais estiveram na sede da ONU, em Nova York (EUA), para adotar formalmente uma nova agenda de desenvolvimento sustentável. Esta agenda é formada pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados por todos os países do mundo durante até 2030. As novas metas atacam questões ligadas à pobreza, saúde, educação e meio ambiente. Vamos entender melhor o porquê de cada um deles ter sido escolhido como foco para os próximos 15 anos?

Fome e nutrição

Os objetivos 1 e 2 propõem acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; e erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável, respectivamente. O assessor sênior da ONU, Haroldo Machado Filho, destaca que os objetivos ampliam a abordagem de temas vinculados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), mas agora com alcance mundial, especialmente o primeiro. A meta é mais ambiciosa que a proposta nos ODM, que falava em reduzir pela metade o número de pobres e daqueles que passavam fome.

Bem-estar, educação e igualdade de gênero

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Os objetivos seguintes preveem cuidado com algumas doenças e bem-estar das pessoas (Objetivo 3), garantia de educação inclusiva e de boa qualidade e oportunidades de aprendizagem (Objetivo 4) e igualdade de gênero e importância do empoderamento de mulheres e meninas (Objetivo 5).

Água potável

Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos é o Objetivo 6. Fica o alerta para evitar o desperdício e preservar nossas fontes naturais. Clique aqui e saiba como economizar água no seu condomínio!

Energia e crescimento econômico

O Objetivo 7 propõe acesso a energia barata e sustentável, enquanto o 8 prega a promoção do crescimento econômico sustentado, com emprego pleno e trabalho decente para todos.

Urbanismo sustentável

A criação de soluções para o desenvolvimento urbano sustentável é o Objetivo 9, que visa a construção de infraestruturas resilientes e a promoção da industrialização de forma sustentável e inovadora.

Redução da desigualdade

A assessora internacional da Associação Brasileira de Organizações não governamentais (Abong), Maira Vannuchi, avalia que o Objetivo 10, que propõe a redução da desigualdade dentro dos países e entre eles, é o mais importante para o Brasil, por propor o enfrentamento das desigualdades sociais e econômicas históricas. “Ele toca na ferida do Brasil, na questão estrutural. A gente reconhece nele um ponto que precisa ser resolvido no país, por ser a fonte das principais violações de direitos humanos e injustiças sociais”.

Cidades e comunidades sustentáveis

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O Objetivo 11 traz à tona a questão da  insegurança nas cidades, propondo que os assentamentos humanos sejam inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, de forma a gerar integração entre as comunidades, as construções e as infraestruturas urbanas.

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Consumo sustentável

Para o assessor Haroldo Machado, os objetivos são desafiadores para os países desenvolvidos. “O Objetivo 12, por exemplo, quer assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis, problema sério em países ricos, que agora têm o desafio importante de repensar seus modelos de desenvolvimento”, exemplifica.

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Meio ambiente

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Haroldo Machado Filho aponta que a Agenda 2030 inova ao colocar objetivos específicos para a questão ambiental, (13,14 e 15), que tratam do aquecimento do planeta, a conservação dos ecossistemas e da biodiversidade.

O Objetivo 16 prevê metas para a promoção de sociedades pacíficas e para que todos tenham acesso à justiça. E o Objetivo 17 é o último e trata da execução das metas dos ODS, propondo o fortalecimento dos meios de implementação e a construção de parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Consumidores brasileiros preferem empresas que apostam nos Objetivos Globais

O Brasil aparece no topo do ranking de uma pesquisa quando o assunto são os serviços e produtos oferecidos por empresas que trabalham alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No estudo coordenado pela consultoria PwC, que ouviu empresários, executivos e público em geral, 95% dos entrevistados afirmaram que preferem empresas que defendem os ODS e têm ações para melhorar a vida de todos no planeta. Em segundo lugar, aparece a Índia (87%), seguida por Argentina (86%), China (85%) e África do Sul (85%).

Outro dado que chama a atenção é o número de profissionais comprometidos com os ODS no Brasil. 60% dos entrevistados, de diversas áreas do conhecimento, defendem que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são importantes para os negócios, seja a nível local ou global.

*Fonte: ebc.com.br e PNUD

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