O Food Sustainability Index (Índex de Sustentabilidade Alimentar, em tradução livre) colocou o Brasil na vigésima posição no ranking geral que avalia a sustentabilidade dos sistemas alimentares dos países. Vinte e cinco nações participaram da pesquisa e, para definir a posição de cada uma, foram avaliados 58 indicadores, divididos em três grandes temas: agricultura sustentável, desafios nutricionais e desperdício de alimentos.
Para avaliar se a agricultura do país é sustentável, foram analisados critérios como gerenciamento de água e políticas de bem-estar animal. Com relação aos desafios nutricionais, foram considerados itens como expectativa de vida, nível de atividade física da população, prevalência do açúcar na dieta e poder de compra de comida natural. O desperdício de alimentos foi avaliado levando em consideração aspectos como políticas públicas, soluções para perdas na cadeia produtiva e perdas de alimento pelo consumidor final.
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O top 3 da lista é formado por França, Japão e Canadá. A França, aliás, merece destaque, pois tem conseguido implantar políticas inovadoras de combate ao desperdício de alimentos e sua população apresenta uma dieta bastante balanceada. Já a Índia aparece na última colocação do ranking devido principalmente a problemas relacionados à água e ao alto índice de desnutrição em crianças menores de 5 anos.
Analisando os temas separadamente, o Brasil aparece em 17º nos desafios nutricionais e surge na 12ª colocação no tema agricultura sustentável. Porém, o que contribuiu para a péssima colocação do país no ranking geral foi o pilar desperdício de comida, no qual ficou apenas na 22ª posição entre os 25 países pesquisados.
Desperdício de alimentos é, de fato, um grande problema em nosso país. Segundo o World Resources Institute (WRI) Brasil, uma instituição de pesquisa internacional, nosso país desperdiça cerca de 41 mil toneladas de alimentos por ano! Esse dado coloca o Brasil entre os dez países que mais perdem ou desperdiçam alimentos no mundo.
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Para piorar a situação, o problema não está concentrado em uma fase específica do ciclo do alimento, mas em todo o processo. Há desperdício desde a colheita, passando pela distribuição até o consumidor final.
Portanto, vale lembrar a importância de cada um fazer a sua parte a fim de evitar o desperdício. Alimentos com uma aparência não muito bonita podem e devem ser consumidos. E aproveitar as sobras para preparar um novo prato pode ser uma ideia deliciosa! Fica a dica! 😉
Fonte: Akatu e Agência Brasil.