Um aplicativo disponível para população de Natal, no Rio Grande do Norte, está conectando pessoas que possuem lixo reciclável na própria casa e queiram doar ou até vender a coletores e empresas interessadas no material.
O “Chama uZeh” atua há seis meses na capital potiguar e já participou da coleta de mais de 50 toneladas de lixo. Atualmente, mais de 10 mil usuários – entre pessoas e empresas – utilizam a plataforma.
“O aplicativo foi concebido através de uma necessidade de mercado que já existia na qual a gente não tinha o serviço por parte de empresas, nem de entes públicos de fazer uma coleta seletiva de fato. Não só a coleta, mas a implementação do resíduo numa economia circular”, explicou o head de operações e produtos da empresa, Magnos Patrício.
“A grosso modo, ele funciona como um aplicativo de transporte da reciclagem, onde a gente conecta as partes. Quem quer comprar, com quem quer vender, com quem quer doar. E aí a gente maximiza e dá muita eficiência ao processo”, falou.
Atualmente o aplicativo funciona apenas na plataforma Android e está sendo desenvolvida para ser lançada no IOS. É possível também se cadastrar através do site da plataforma (clique AQUI).
O lixo recolhido é cadastrado no sistema pelo tipo de resíduo. Podem ser cadastrados, por exemplo, metais ferrosos (como ferro e aço), metais não ferrosos (alumínio, cobre, latão entre outros), papelão, plástico e lixo Eletrônico (monitores, celulares e computadores).
O acesso ao aplicativo é gratuito tanto para pessoas físicas como para empresas. “Qualquer cidadão pode utilizar da ferramenta pra fazer a destinação correta do resíduo”, explica Magnos.
Para as empresas, ele diz que caso optem por um produto mais alinhado, é disponibilizado uma consultoria, “onde a gente massifica essa precificação de resíduos, dá uma espécie de consultoria pras pessoas conseguirem alavancar os recursos que hoje estão sendo jogados no lixo”. Mas, ele reforça, que “num modo geral, é um produto pra sociedade, que vem como muita causa e propósito”.
Segundo o representante do Chama uZeh, a maior quantidade de usuários do aplicativo são de pessoas físicas, donas de casa, que tinham a frustração de separarem o lixo e terem que colocar junto ao lixo normal, uma vez que a ineficiência da coleta seletiva da cidade não ajudava as pessoas que queriam destinar de forma correta.
Com o aplicativo, ele acredita que esse serviço pode ser ampliado. “Com dois cliques, você já operacionaliza a plataforma e já sugere, oferece no mercado através de uma doação, de uma venda, a possibilidade de alguém estar coletando na sua casa de forma correta e gerando renda, o que é mais bacana”, fala Magnos.
“Não necessariamente você precisa vender e fazer uma diferença na sua vida. Mas você pode doar para alguém que vai vender e que pode vender também através da plataforma. Então, a plataforma hoje é feita pra uma pessoa que está desempregada gerar uma renda, uma dona de casa que precisa de um complemento de renda. Ela de fato traz impacto social, sustentabilidade e logística reversa”.
Fonte: G1