Confira dicas de quem começou do zero e conseguiu implantar práticas verdes no condomínio
A consciência verde necessária para o início de um trabalho de sustentabilidade já está presente na mente de boa parte da sociedade. A grande questão é como transformar o idealismo em ações e práticas verdes diárias. Este foi o desafio adotado por Renato Munhoz em seu condomínio na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas por formação, síndico e administrador de condomínios por vocação. Há três anos, Renato assumiu o cargo no condomínio Botafogo Easy Way e descobriu que é possível, através de pequenas iniciativas cotidianas, mobilizar moradores e funcionários a vestirem a camisa da sustentabilidade. O resultado? Economia de gastos, qualidade de vida e muita história pra contar.
Blog Condomínios Verdes: O que você considera imprescindível para quem busca iniciar um trabalho de sustentabilidade em condomínios?Renato: O fundamental é ter um plano, criar um processo e segui-lo. Digo isso porque a partir do momento que você solicita aos moradores que façam a separação de seus materiais, por exemplo, e os mesmos encontrarem seus resíduos misturados com os demais na porta do prédio, nunca mais se comprometerão com a causa. O mesmo vale para a redução de consumo de água. Se o morador economiza na sua casa e encontra o jardineiro ou o porteiro desperdiçando água em lavagens de calçadas e carros, pode dizer adeus à credibilidade da ação. É preciso planejar bem e orientar os funcionários do condomínio de forma correta, pois sem o comprometimento deles, a iniciativa não será duradoura.
Quais as ações imediatas mais eficazes para edifícios que buscam adotar práticas verdes?
Renato: A implantação de ações de sustentabilidade é um ciclo virtuoso e deve ser iniciada de forma modesta e honesta. Cabe ao síndico tomar a frente deste processo e sensibilizar os moradores para a causa. O mais fácil é começar a mobilizá-los para a coleta seletiva. A destinação dos materiais deverá ser adequada como prevista no planejamento e periodicamente deverão ser divulgados os resultados efetivos da ação. A troca de lâmpadas e a instalação de sensores de presença também são iniciativas fáceis de serem implantadas, assim como a vistoria (para identificar e eliminar vazamentos) e a substituição de torneiras por modelos de fechamento automático, visando reduzir custos. É importante também fazer o acompanhamento diário do consumo de água e energia do prédio, para mensurar os gastos.
Quais as recomendações para os síndicos e condôminos interessados em iniciativas sustentáveis?
Renato: O principal neste início é a otimização de procedimentos. É possível gastar menos apenas mudando a forma de se fazer determinada atividade. A questão é comportamental e a partir do momento que conquista os moradores, ganha força para ser levada adiante. Por este motivo, a comunicação é fundamental no primeiro momento. Iniciativas de grupos de moradores interessados em implantar ações de sustentabilidade são muito bem-vindas e com certeza serão mais eficazes com a ajuda do síndico.
Anotou as dicas do Renato e quer saber mais sobre a trajetória dele como síndico? Passa lá na sessão VOCÊ NO BLOG e confira!
