Quem passa pela Avenida Brigadeiro Lima e Silva, uma das mais valorizadas da cidade de São Paulo, se depara com um edifício imponente, que chama bastante atenção por sua arquitetura. Construído em torno de uma casa tombada pelo Patrimônio Histórico, o Edifício Pátio Victor Malzoni é composto por duas torres interligadas. Se visualmente o prédio já merece destaque, são os diferenciais sustentáveis que o tornam ainda mais especial.

Fachadas envidraçadas:

A fim de aprimorar o desempenho térmico da construção, as fachadas foram completamente cobertas por duas camadas de vidro. Elas ajudam, ainda, na diminuição do calor dentro do prédio e aumentam a luminosidade interna, contribuindo para o uso eficiente do ar-condicionado e do sistema de iluminação.

Tratamento de 100% do esgoto:

Todo o esgoto produzido pelo edifício será tratado internamente, isto porque a obra de ampliação de sua Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) foi concluída recentemente. Dessa forma, a água residual é tratada e despoluída, podendo ser reaproveitada nas descargas sanitárias e na lavagem de pisos, por exemplo. O sistema ainda vai gerar uma economia de 50% com a concessionária de serviço público de água e esgoto.

edificio-sp-esgoto-01Economia de água:

Economizar e reaproveitar são os lemas do Edifício Pátio Victor Malzoni. A água da chuva é recolhida nos telhados das torres; as águas cinzas são reaproveitadas; e a água condensada dos sistemas de ar-condicionado é captada. Tudo que é recolhido é enviado para estações de tratamento apropriadas, que fazem a desinfecção para o posterior reúso na irrigação do jardim e demais áreas verdes e nas descargas dos banheiros.

Eficiência energética:

Além dos vidros duplos já mencionados, que refletem os feixes de luz solar com maior eficácia e filtram cerca de 32% dos raios ultravioleta, foram instaladas persianas automatizadas que abrem ou fecham de acordo com a incidência solar na fachada. Um sistema de iluminação inteligente reduz a intensidade das lâmpadas quando há luz natural.

Os elevadores consomem muita energia dentro de um edifício e, para reduzir o consumo, foi instalado um sistema de frenagem regenerativa, capaz de armazenar a energia gerada durante o funcionamento dos elevadores para utilizá-la posteriormente.

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Bicicletário:

O edifício possui um bicicletário com capacidade para 166 bicicletas. O espaço oferece ainda outras comodidades, como um vestiário com toalhas e sabonetes para quem desejar tomar banho antes de iniciar suas atividades no escritório e uma área de guarda-volumes.

O prédio tem também um serviço de aluguel de bikes, mecânicos especializados nas magrelas e uma loja que vende acessórios e peças.

Um serviço de valet para as bicicletas também é oferecido para funcionários e visitantes.

bicicletario_predio_faria_limaHorta subterrânea:

O subsolo das duas torres é compartilhado e foi o local escolhido para a instalação de uma horta. O principal objetivo do projeto é reaproveitar os resíduos orgânicos gerados pelo próprio prédio. Dessa forma, foi instalado um sistema de compostagem que transforma todo o resíduo gerado em adubo para a horta e para os jardins. Alface, hortelã, manjericão, alecrim e tomilho são alguns dos produtos cultivados, que são distribuídos aos usuários e aos restaurantes localizados dentro do edifício.

Por ficar no subsolo, lâmpadas de LED de cor azulada compensam a falta de luz natural e ajudam na fotossíntese. Por serem especiais, as lâmpadas não emitem calor. A irrigação é feita por um sistema automático e por funcionários que cuidam pessoalmente dos alimentos.

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Foto: Paulo Pampolin/Divulgação

Incentivo ao uso de carros elétricos e híbridos:

A dificuldade em encontrar pontos de recarga de carros elétricos e híbridos ainda é um problema para quem tem esse tipo de automóvel. Para incentivar a sua utilização, o edifício instalou 30 tomadas para carros elétricos e 141 para híbridos.

Confira outros diferenciais:

  • Para garantir a qualidade interna do ar, foram utilizados produtos com baixa emissão de COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), menos nocivos à saúde.
  • A madeira usada no edifício possui certificação.
  • Priorizou-se a escolha de fornecedores que trabalhassem com produtos reciclados e se localizassem, no máximo, a 800 quilômetros de distância do edifício. Isto proporcionou a redução da emissão de gases tóxicos na atmosfera causados pelo transporte de materiais.

A construção civil é um dos setores que mais impactam negativamente o meio ambiente. A adoção de medidas sustentáveis, seja em larga escala, como no Edifício Pátio Victor Malzoni, ou em baixa escala, contribui para a otimização e preservação dos recursos naturais. Torcemos para que outros empreendimentos sigam pelo caminho da sustentabilidade, pois é o caminho certo a ser seguido, alguém duvida? 😉

 

* Fonte: Ciclo Vivo.

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