Prédio antigo no Centro do Rio passa por reforma para ficar mais sustentável
Quem passa pelo Centro do Rio com frequência nota que as obras públicas feitas recentemente estão transformando a cidade, em especial a chamada Zona Portuária. No último domingo, o Jornal O Globo falou sobre um prédio específico, que vem chamando a atenção não só por suas cores vibrantes: após passar por um retrofit, tornou-se uma construção sustentável com direito a selo LEED categoria Prata.
Chamamos de retrofit o processo de modernização de uma construção já existente. No caso deste prédio, localizado na Rua Sacadura Cabral e preservado por mais de 100 anos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o retrofit durou cerca de um ano e além de respeitar as características originais de sua fachada seguiu recomendações de sustentabilidade do Green Building Council Brasil, que garantiram à construção sustentável o selo LEED, na categoria Prata.
Moderno e sustentável
Assim como a fachada, a recepção do prédio comercial também manteve características originais, como a parede de pedra e as esquadrias de madeira. Fora isso, o prédio de dois mil metros quadrados foi completamente transformado. Aos dois andares originais foi acrescentado um terceiro e para conquistar a certificação LEED de sustentabilidade, foi preciso adaptar todas as instalações do prédio: um sistema de captação de água da chuva aproveita essas águas nas bacias sanitárias; a iluminação é toda feita com lâmpadas LED e os ambientes contam ainda com sensores de CO2, que controlam a qualidade do ar no interior do edifício.
Para proporcionar maior conforto térmico, a manta de isolamento do telhado foi feita com lã de garrafa pet reciclada e escolhido um sistema de refrigeração extremamente preciso e com grande eficiência energética: chega a economizar 60% da energia se comparado com outros sistemas. Um dos maiores custos da obra, ele ainda mantém todos os ambientes a 23° C e usa um gás que não agride a camada de ozônio.
Sustentabilidade todos os diasDurante a obra foram adotadas práticas preventivas quanto ao controle de contaminação do solo, controle de sedimentos e distúrbios à vizinhança. Todos os resíduos gerados durante a construção foram destinados para locais licenciados, além de serem preferencialmente encaminhados para a reciclagem ou reuso.
A melhor parte é saber que a prática continua com o prédio em funcionamento. Com centros de coleta seletiva em todos os andares e placas explicativas, os 250 funcionários da empresa B2W Digital, que circulam por ali diariamente aprendem a maneira correta de utilização do prédio para obter melhores resultados. O edifício conta ainda com bicicletário e vestiário para incentivar os funcionários a utilizarem transportes alternativos.
Mais uma construção sustentável para o currículo do Rio de Janeiro! 🙂
*Fonte: Jornal O Globo