Com consumidores mais exigentes, construtoras buscam tecnologias e materiais com menor impacto ambiental e maior eficiência
Você saberia identificar se o seu condomínio é sustentável? Seja para quem está em busca do lar ideal ou já mora em algum condomínio, a preocupação com os impactos ambientais e a eficiência energética do local onde vivemos é cada vez maior.
De olho nesse futuro mais sustentável, econômico e eficiente, e em consumidores cada vez mais exigentes, o mercado imobiliário vem agregando novos conceitos e materiais às construções de prédios e residências.
Para esse segmento, o objetivo da sustentabilidade é minimizar os impactos ambientais, com uma boa gestão de insumos e resíduos, e a busca por materiais e tecnologias que garantam conforto e economia para os moradores atuais e futuros.
Mas se você está se perguntando como responder essa questão, preste atenção a algumas pistas que indicam o quanto o seu residencial se preocupa em minimizar os impactos no meio ambiente. E isso começa desde o planejamento, passando pela construção e a finalização da obra.
Sustentabilidade nas construções
O uso de materiais reciclados, mais leves, com menor absorção de calor e ruídos, e de tecnologias que permitam racionalizar o consumo de água e energia elétrica, além da automação de certas rotinas são bons indicativos de que a construtora se preocupou em ser sustentável em todo o processo construtivo.
A engenheira civil Elisabeth Akiko Guenka Campos, da AM Construções, explica que a empresa vem acompanhando essa transformação do mercado em relação às questões ambientais e a preocupação de seus clientes com a qualidade de vida. A profissional aponta como isso se reflete em detalhes que fazem toda diferença na escolha de uma residência.
“A cada novo empreendimento, buscamos utilizar materiais de construção de baixo impacto ambiental, que poupam recursos naturais e são duráveis”, afirma a engenheira. “Para isso, a AM tem restringido ao máximo a utilização de madeiras que não sejam de reflorestamento, além de utilizar produtos feitos com material reciclado, como eletrodutos, materiais elétricos, portas, rodapés, mantas acústicas, entre outros”, completa.
Em todos os projetos da construtora, que atua há 40 anos na região da Grande Florianópolis, há uma atenção especial quanto à iluminação natural dos ambientes, minimizando a utilização de luz artificial. Também há um cuidado com a ventilação adequada, para evitar que a umidade do ar afete o conforto dos moradores.
Outro recurso com foco na qualidade da moradia é a utilização de cores claras nas fachadas dos prédios. “Entendemos que essas cores absorvem menos calor e isso ajuda a reduzir o consumo de energia elétrica para refrigerar o ambiente”, afirma Campos.
“Observamos ainda em nossas obras o Plano de Gestão de Resíduos, que engloba a reutilização de grande parte dos entulhos produzidos durante a construção e a separação e encaminhamento correto dos resíduos recicláveis”, finaliza a engenheira.
Ações como essas ajudam a identificar se um condomínio é mais ou menos sustentável, e um bom exemplo é o Residencial Dolce Vitta, situado bem no Centro de Palhoça.
O residencial é o prédio mais alto da Grande Florianópolis, com 25 andares, 190 apartamentos, duas coberturas e 197 vagas de garagem, em área super valorizada. Há opções de apartamentos de dois quartos com uma suíte, três quartos com uma suíte e três dormitórios com uma suíte e home office.
A grandeza desse empreendimento não impediu que a empresa adotasse as medidas citadas acima. Além disso, toda a área interna é revestida em porcelanato, há piso cerâmico nas garagens, gerador de emergência, zeladoria e sala de condomínio.
A área comum inclui dois salões de festas, academia, sala de jogos, quadra poliesportiva, playground, sauna, sala de massagem, brinquedoteca e bicicletário, reunindo conforto e segurança, sem abrir mão da sustentabilidade.
Inovação e tecnologia
O mercado da construção civil se mantém atento a todo tipo de novidades a respeito do consumo consciente, o que implica na redução do desperdício até a utilização de novas formas de gerar e economizar energia.
Dentre as tecnologias que já estão sendo usadas, inclusive no Brasil, podemos citar o uso de painéis fotovoltaicos que permitem a autonomia no consumo de energia dos condomínios, fachadas com acabamento autolimpante, uso de chuveiros ecológicos, aproveitamento da água da chuva e da condensação do ar condicionado, utilização de lâmpadas LED, portarias autônomas, aplicação de Internet das Coisas (IoT) e materiais térmica e acusticamente eficientes.
Tudo isso tem custos, mas as vantagens são muitas. Além do conforto e da praticidade gerarem um forte argumento de vendas, o processo de construção é otimizado, gerando menos desperdício e retrabalho. Outro benefício já disponível em algumas cidades é o desconto no IPTU, ou IPTU Verde, para obras ecologicamente eficientes, que pode oscilar entre 5% a 20% da alíquota.
É possível mudar
A tarefa de encontrar um imóvel sustentável pode ser mais fácil para quem está em busca da casa própria, pois como vimos, algumas casas e condomínios já são construídos com essa pegada mais ecológica.
Entretanto, qualquer local de moradia pode se converter em um local mais sustentável com pequenas ações. Uma delas é a utilização de hortas conjuntas e composteiras dentro do próprio condomínio, atividade que pode envolver as crianças fortalecendo o conceito de preservação dos recursos naturais e cultivo do próprio alimento, sem agrotóxicos.
Outra ação é a coleta e reutilização de água da chuva, que pode tornar o uso desse recurso mais racional e até reduzir os gastos de manutenção do condomínio. A troca de lâmpadas fluorescentes pelas de LED garante maior durabilidade com consumo muito menor de energia.
O ajardinamento das áreas comuns e a conservação de áreas de bosques no entorno dos condomínios também pode trazer benefícios, como maior frescor e menos necessidade do uso de ar condicionado. Esse cuidado também implica em ampla área de lazer para todos que residem nas proximidades.
Fonte: ND+