Um jardim japonês costuma chamar a atenção em todos os lugares onde é implantado. A combinação das espécies características do país oriental proporciona a formação de áreas verdes únicas e exuberantes. Portland, uma cidade norte-americana localizada em Oregon, é mundialmente conhecida por ser eco-friendly e, segundo Nobuo Matsunaga, ex-embaixador do Japão, possui o jardim japonês mais bonito do mundo fora do Japão. A beleza do local já encantava os visitantes, mas o arquiteto Kengo Kuma conseguiu deixar o lugar ainda mais atraente com a construção de uma vila cultural ecológica.
Kuma e sua equipe projetaram três edifícios que foram dispostos ao redor de uma praça, rodeada pelo imponente jardim japonês. Para que a arquitetura estivesse em harmonia com a natureza ao redor, cada construção recebeu um telhado verde que, além de aprimorar o isolamento térmico, cumpre outra função. A cidade de Portland é bastante chuvosa, e o design inclinado do telhado ajuda a solucionar o escoamento da água.
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O maior dos três edifícios abriga um centro de aprendizado criado para ensinar técnicas de artesanato japonês e estimular a vivência da cultura oriental. O espaço conta ainda com uma biblioteca, lojas de presentes, sala de aula e uma galeria. A segunda estrutura, uma casa-jardim, oferece oficinas de horticultura, e a terceira é voltada ao relaxamento, devido à visão privilegiada que o espaço possui do verde que o rodeia. A ideia do arquiteto era imitar a tradição japonesa do “Monzenmachi“, uma cidade cercada por templos sagrados.
O jardim japonês, que foi projetado em 1963, também foi reformado. Além de receber diversas novas espécies, teve seu tamanho aumentado, acrescentando 3,4 hectares de área verde aos 9,1 hectares já existentes. Para tornar o espaço verde ainda mais exuberante, Kuma contou com o apoio do curador Sadafumi Uchiyama, que pensou em cada detalhe para tornar a área ainda mais imponente.
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Com tantos atrativos incorporados à vila, era preciso não sobrecarregar o sistema de esgoto existente. Para isto, o arquiteto criou um canal de pedras, que ficou responsável por conduzir todo o desperdício para um tanque de retenção. O acúmulo é liberado lentamente para o esgoto. A fim de promover a eficiência energética, a vila cultural é totalmente aquecida por poços geotérmicos, instalados abaixo do solo.
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Ficou com vontade de conhecer este lindo espaço rodeado pelo verde? Nós também! 🙂