Você pensa na qualidade do ar que você respira em sua residência e no seu ambiente de trabalho? Provavelmente não, certo? Passamos 90% de nosso tempo dentro de edificações, mas mesmo assim não damos muita atenção a este assunto. Ainda que as principais certificações de edifícios verdes – como a LEED do GBC – tenham como um dos seus pré-requisitos a qualidade do ar dentro do edifício, muitas vezes é deixada de lado, seja pelos gestores imobiliários ou pelos maiores interessados: os ocupantes das edificações.

Mas isto pode mudar a curto prazo, principalmente em ambientes corporativos. Um estudo da Harvard T.H. Chan School of Public Health demostrou que qualidade do ar e nossa capacidade cognitiva estão intimamente relacionadas. Em outras palavras, ambientes com menores níveis de dióxido de carbono (CO²) e compostos orgânicos voláteis (COV) permitem aumentarmos nossa capacidade de adquirir informações, raciocinar, e melhorar nossa memória e atenção.

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Esta questão é ainda mais importante em edifícios comerciais com fachadas “seladas”, que procuram otimizar os gastos com refrigeração e onde a troca de ar com o ambiente externo é menor. Nestes ambientes, também mais propícios para propagação de doenças respiratórias, é importante redobrar a atenção com tudo que possa melhorar a qualidade do ar. Isto não significa ser necessário realizar grandes mudanças e obras complexas. Os professores Michael Waring e Patrick Gurian, da Drexel’s College of Engineering, afirmam em outro estudo recente que duas medias simples contribuem para um ar mais puro dentro dos edifícios: melhorar a qualidade dos filtros de ar e promover maior ventilação. Mas segundo eles, além de promover maior conscientização, precisamos mudar impressões erradas sobre este assunto. Prova disto é que quando os participantes do estudo foram perguntados de qual seria o custo da realização destas duas mudanças em relação ao total da conta de energia, a estimativa dos participantes foi dez vezes maior do que o custo real projetado.

Temos confiança que esta nova descoberta trará benefícios tanto para empresas quanto para o mercado imobiliário. Para este, pode significar cobrar preços maiores pela locação de espaços com melhor qualidade de ar. E para as empresas, pode existir aí uma nova fonte de vantagem competitiva, contribuindo para seus colaboradores aumentarem sua capacidade cognitiva e, consequentemente, sua produtividade.

E você, o que acha? Investiria em melhor qualidade do ar? Deixe sua opinião para nós!

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