Areia, cimento, água e pedra. Estes são os ingredientes básicos para a formação de um bloco de concreto comum, um dos materiais mais empregados na construção civil. Apesar de sua ampla utilização, a durabilidade do concreto não costuma ser muito boa. Após um determinado período, reparos são necessários para consertar as rachaduras que surgem e, assim, evitar possíveis degradações.
Já mostramos aqui no blog um concreto capaz de absorver grandes volumes de água e, agora, chegou a vez de apresentarmos o bioconcreto, também conhecido como “concreto vivo”. Formado basicamente pelos mesmos ingredientes do concreto comum, o bioconcreto recebe ainda dois adicionais que fazem a mágica acontecer: bactérias e comida! Achou estranho? Calma, que a gente explica! 🙂
Após anos de pesquisa, microbiólogos de uma universidade da Holanda conseguiram encontrar a bactéria ideal para a experiência. Era necessário achar um micro-organismo que conseguisse se reproduzir em condições adversas e que sobrevivesse por décadas sem comida e oxigênio. Os bacilos atendiam a todas as exigências e foram misturados ao concreto comum junto com seu alimento, o lactato de cálcio, que foi encapsulado em um plástico biodegradável.
Ao entrar em contato com a água proveniente das rachaduras, as cápsulas biodegradáveis se abrem e liberam o lactato de cálcio para as bactérias ingerirem. Ao se alimentarem, as bactérias germinam e formam o calcário, a substância que vai preencher as rachaduras e regenerar o concreto. Para entender melhor como funciona o processo, confira o vídeo abaixo:
Muito bacana esta iniciativa! Se o calcário produzido for realmente resistente, o bioconcreto poderá ajudar a economizar milhões de reais em reparos. O interessante também é saber que o agente que cura o concreto é um micro-organismo presente na natureza.
E então? O que você achou desta nova opção de concreto? Deixei seu comentário e compartilhe com seus amigos! 😉
